Tuesday, December 3, 2013

Um outro olhar sobre o letramento

INTRODUÇÃO      
            Este Seminário Virtual tem como objetivo refletir sobre o processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa nas escolas, focando nos mecanismos de estruturação textual e identificando as dificuldades de escrita dos alunos. Ao observarmos o modo com que os alunos lidam com a língua, tanto no âmbito da oralidade quanto da escrita, percebemos um distanciamento da noção de letramento.
            O letramento pode ser visto como um processo de apropriação da leitura e da escrita, realizado desde os primeiros anos de aprendizagem e que se estende ao longo de toda a vida. Ele está diretamente ligado à competência de uso da língua, ou seja, um indivíduo necessita ultrapassar o limite da decodificação de letras, palavras, frases e textos, para ser considerado usuário competente da língua. Sendo assim, o letramento acaba refutando o que comumente se entende por alfabetização – domínio das normas tradicionais impostas pela escola –, visto que ler e escrever fazem parte do cotidiano da maioria dos alunos e, ainda que o modo pelo qual eles realizem essa tarefa não se enquadre no modelo tradicional, não podemos desqualificar suas produções e negar a eficácia da comunicação que é estabelecida.
            Dessa forma, deve-se ressaltar que o ensino precisa se ater às mudanças ocorridas na sociedade e ampliar os horizontes de enfoque, já que a experiência social também representa grande parte do universo da aprendizagem e precede até mesmo do ensino escolar. Apesar de compreendermos a importância do ensino tradicional, acreditamos facilitar o processo de aprendizagem ao nos aproximamos de uma visão mais diversificada e inclusiva, pois consideramos possível a conquista de resultados através do estímulo e da valorização. Enfim, como o que nos move à pesquisa é o desejo de contribuir para a formação de indivíduos interessados pela leitura e pela escrita, direcionamos o olhar para a etnografia, através da coleta de dados do convívio no ambiente, onde o aprendizado acontece e onde podemos propor discussões, aplicando métodos e participando de cada passo do processo, o que traz como resultado o fato da prática de ensinar ser um processo recíproco entre professores e alunos.


            OBJETIVOS
·         Incentivar a leitura e a prática de produção textual dos alunos.
·         Analisar, a partir das observações de campo, a forma como é trabalhada a produção textual nas escolas.
·         Levantar questões referentes à prática do letramento.
·         Identificar os fatores que interferem na produção de texto como: as diferenças entre linguagem oral e escrita, falta de conteúdo para a argumentação ou até mesmo a realidade sociolinguística dos alunos.
·         Aplicar oficinas mais dinâmicas e fora do roteiro escolar sobre gêneros textuais que possibilitem o progresso na leitura e escrita dos alunos.

·         Incentivar a leitura e a escrita dos alunos.


            METODOLOGIA
·         Realização de uma enquete acerca da preferência dos gêneros textuais abordados em sala.
·         Expor pensamentos e conceitos sobre práticas de letramento e processo de ensino-aprendizagem do aluno.
·         Produção de textos virtualmente.



            RESULTADOS
            Realizamos o trabalho de produção textual  nas escolas Minas Gerais e Estácio de Sá, abordando os seguintes gêneros: carta, paródia, notícia, contos, poema. Porém, apenas os dois primeiros foram escolhidos para serem aqui expostos.

1. Trabalho sobre o gênero carta.



Aos alunos do 7º ano foi feita a proposta de criação de uma carta baseada na letra da música “João e Maria”, de Chico Buarque. Nessa carta, eles deveriam escolher ser um dos personagens para, assim, escrever para o outro.



Vejamos alguns exemplos das produções:



2. Trabalho com o gênero paródia.

Aos alunos do 7° ano foi feita a proposta de criação de uma paródia da música “Show das poderosas”, da cantora Anitta, na qual eles deveriam escolher um tema próximo à realidade deles. Além disso, foi organizada uma oficina de paródia com base naquelas que a empresa Horti Fruti divulga para o público. Assim, os alunos escolheram uma música para realizar paródias com os alimentos do mercado.

Vejamos alguns exemplos das produções:

(Paródia da música Perigosa, das Frenéticas)


(Paródia da música Ah, le leke)

CONCLUSÃO
            A produção textual escrita pode se tornar mais interessante ao se mostrar inovadora e próxima à realidade dos alunos. Além disso, trabalhar os gêneros textuais na escrita e na fala torna-se importante para o desenvolvimento produtivo do aluno, visto que este pensará a mesma língua em diferentes circunstâncias de uso. Enfim, o trabalho observará de que modo a produção textual é empregada nas escolas.


        PROPOSTA
        Queridos leitores, vamos ao trabalho? Que tal você agora participar das atividades propostas e criar a sua carta e/ou a sua paródia? Compartilhe conosco os resultados, enviando-nos por e-mail (bloginfoedu2013@gmail.com) ou deixando no próprio comentário a sua produção textual. Teremos muito prazer em ler e desfrutar da sua criatividade.

Mãos a obra!


Vejam o vídeo que nós fizemos:







Sugestões de links para uso em sala de aula: 

Gêneros textuais: 

Carta 
Paródia 
Poema 
Notícia 
Crônica 
Conto 
http://www.youtube.com/watch?v=YUJ7cDSuS1U 

Autoras desse post:  Gabriella Assis, Melissa Calderaro, Tatiane de Carvalho

1 comment:

  1. Muito interessante a proposta de trabalhos de vocês!!!!
    Parabéns!!!

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