INTRODUÇÃO
Este Seminário Virtual tem como objetivo refletir sobre o processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa nas escolas, focando nos mecanismos de estruturação textual e identificando as dificuldades de escrita dos alunos. Ao observarmos o modo com que os alunos lidam com a língua, tanto no âmbito da oralidade quanto da escrita, percebemos um distanciamento da noção de letramento.
O letramento pode ser visto como um processo de apropriação da leitura e da escrita, realizado desde os primeiros anos de aprendizagem e que se estende ao longo de toda a vida. Ele está diretamente ligado à competência de uso da língua, ou seja, um indivíduo necessita ultrapassar o limite da decodificação de letras, palavras, frases e textos, para ser considerado usuário competente da língua. Sendo assim, o letramento acaba refutando o que comumente se entende por alfabetização – domínio das normas tradicionais impostas pela escola –, visto que ler e escrever fazem parte do cotidiano da maioria dos alunos e, ainda que o modo pelo qual eles realizem essa tarefa não se enquadre no modelo tradicional, não podemos desqualificar suas produções e negar a eficácia da comunicação que é estabelecida.
Dessa forma, deve-se ressaltar que o ensino precisa se ater às mudanças ocorridas na sociedade e ampliar os horizontes de enfoque, já que a experiência social também representa grande parte do universo da aprendizagem e precede até mesmo do ensino escolar. Apesar de compreendermos a importância do ensino tradicional, acreditamos facilitar o processo de aprendizagem ao nos aproximamos de uma visão mais diversificada e inclusiva, pois consideramos possível a conquista de resultados através do estímulo e da valorização. Enfim, como o que nos move à pesquisa é o desejo de contribuir para a formação de indivíduos interessados pela leitura e pela escrita, direcionamos o olhar para a etnografia, através da coleta de dados do convívio no ambiente, onde o aprendizado acontece e onde podemos propor discussões, aplicando métodos e participando de cada passo do processo, o que traz como resultado o fato da prática de ensinar ser um processo recíproco entre professores e alunos.
OBJETIVOS
· Incentivar a leitura e a prática de produção textual dos alunos.
· Analisar, a partir das observações de campo, a forma como é trabalhada a produção textual nas escolas.
· Levantar questões referentes à prática do letramento.
· Identificar os fatores que interferem na produção de texto como: as diferenças entre linguagem oral e escrita, falta de conteúdo para a argumentação ou até mesmo a realidade sociolinguística dos alunos.
· Aplicar oficinas mais dinâmicas e fora do roteiro escolar sobre gêneros textuais que possibilitem o progresso na leitura e escrita dos alunos.
· Incentivar a leitura e a escrita dos alunos.
METODOLOGIA
· Realização de uma enquete acerca da preferência dos gêneros textuais abordados em sala.
· Expor pensamentos e conceitos sobre práticas de letramento e processo de ensino-aprendizagem do aluno.
· Produção de textos virtualmente.
RESULTADOS
Realizamos o trabalho de produção textual nas escolas Minas Gerais e Estácio de Sá, abordando os seguintes gêneros: carta, paródia, notícia, contos, poema. Porém, apenas os dois primeiros foram escolhidos para serem aqui expostos.
1. Trabalho sobre o gênero carta.
Aos alunos do 7º ano foi feita a proposta de criação de uma carta baseada na letra da música “João e Maria”, de Chico Buarque. Nessa carta, eles deveriam escolher ser um dos personagens para, assim, escrever para o outro.
Vejamos alguns exemplos das produções:
2. Trabalho com o gênero paródia.
Aos alunos do 7° ano foi feita a proposta de criação de uma paródia da música “Show das poderosas”, da cantora Anitta, na qual eles deveriam escolher um tema próximo à realidade deles. Além disso, foi organizada uma oficina de paródia com base naquelas que a empresa Horti Fruti divulga para o público. Assim, os alunos escolheram uma música para realizar paródias com os alimentos do mercado.
Vejamos alguns exemplos das produções:
(Paródia da música Perigosa, das Frenéticas)
(Paródia da música Ah, le leke)
CONCLUSÃO
A produção textual escrita pode se tornar mais interessante ao se mostrar inovadora e próxima à realidade dos alunos. Além disso, trabalhar os gêneros textuais na escrita e na fala torna-se importante para o desenvolvimento produtivo do aluno, visto que este pensará a mesma língua em diferentes circunstâncias de uso. Enfim, o trabalho observará de que modo a produção textual é empregada nas escolas.
PROPOSTA
Queridos leitores, vamos ao trabalho? Que tal você agora participar das atividades propostas e criar a sua carta e/ou a sua paródia? Compartilhe conosco os resultados, enviando-nos por e-mail (bloginfoedu2013@gmail.com) ou deixando no próprio comentário a sua produção textual. Teremos muito prazer em ler e desfrutar da sua criatividade.
Mãos a obra!
Vejam o vídeo que nós fizemos:
Sugestões de links para uso em sala de aula:
http://www.youtube.com/watch?v=YUJ7cDSuS1U
Autoras desse post: Gabriella Assis, Melissa Calderaro, Tatiane de Carvalho